27 de agosto de 2009

Hoje

Acontece que eu preciso de um abraço.
Mas não qualquer abraço, não quaisquer braços.
Eu preciso de um abraço que console minhas lágrimas e que me aqueça a alma, que continua fria, mesmo com a proximidade da primavera.
Necessito um desses abraços que não me exijam nada, que não me cobrem nada, que não me perguntem nada. Um abraço puro, simples.
E que ainda haja amor nesses braços. E que seja um amor desses bonitos, dos grandes, que fazem a gente querer voar e achar que pode atravessar Atlânticos e Pacíficos, só por um olhar; Atravessar céus e mares, apenas por um sorriso.
Eu quero um desses abraços tão lindos, que consigam em silêncio me dizer tudo, me prometer tudo...
Me acontece que eu quero carinho. Quero colo, toque de mãos no cabelo, quero esconder-me nos braços desse abraço, perder-me, esquecer de mim mesma e por instantes, ainda que breves, pensar que nada mais no mundo existe, que nada mais importa.
E continuar presa nesses braços por vontade própria, pelo tempo que houver, sem medi-lo, sem contá-lo, sem limitá-lo...
É que hoje eu não posso cuidar de ninguém.
Hoje eu não quero, não devo e não vou sorrir sem poder.
Hoje eu não vou botar essa máscara de força, nem vestir essas frases feitas, nem apresentar esse teatro ensaiado, só pra ninguem se preocupar.
Hoje eu preciso me permitir as lágrimas, hoje eu quero poder gritar e me encolher num canto. Hoje eu quero as musicas certas, as que fazer rir e as que provocam choro...
Hoje eu não vou deixar de sentir, nem fingir que não sinto.
Hoje eu é que preciso ser cuidada, hoje eu é que quero um carinho, um agrado e um sorriso.
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Quem sou eu

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Curitiba, Paraná, Brazil
Falando sério: O que é que eu sou? Sem resposta. Então tiro o corpo fora. Sou Strauss ou só Beethoven? Rio ou Choro? Eu sou nome. Eis a resposta. É pouco... "Yo quisiera poder hacer lo que me da la gana detrás de la cortina de la "locura". Así arreglaría las flores, pintaría el dolor, el amor y la ternura, me reiría a mis anchas de la estupidez de los otros, y todos me dirían: pobre está loca." Frida Kahlo

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