
Nessas horas, à tarde, observando o sol se pôr e os últimos raios iluminando seu rosto e seus cabelos... Seria impossível tentar decifrar o que se passa no seu pensamento, sempre tão confuso, pelo seu olhar tão vago, tão distante. Pode-se imaginar que tenta decifrar o mesmo enigma de sempre, os da alma e do coração; como também podia estar pensando somente na noite anterior, relembrando fatos e sorrisos; ou ainda podia estar simplesmente admirando o pôr do sol, naquele horizonte alaranjado, e sentindo a areia entre seus dedos e a brisa beijando seus cabelos. Por que é tão comum complicar e deixar tudo tão complexo, quando pode-se sentir, apenas? Impelida a racionalizar tudo, perdeu o tato, e sentir se tornou um desafio... Como se para viver, tivesse sempre que saber e entender tudo o que acontece, e vai acontecer, ter controle sobre os desdobramentos de cada ação, de cada passo... Fechou os olhos para sentir-se. E livre de qualquer pensamento inoportuno, para sua felicidade seu coração ainda batia, ainda batia...
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