Eu te amava um amor que não era de beijo na boca ou de sexo. Eu te amava um amor que não era de mãos dadas pela areia fofa da praia ou de dormir agarrado. Eu te amava um amor que não era de estar sempre presente ou de querer fazer feliz a todo instante. Eu te amava um amor que não era de gargalhar alto ou de manifestar publicamente afeto. Eu te amava um amor que não era sem limites ou que se limitava a ser feliz o quanto fosse. Eu te amava um amor que não era de fazer loucuras ou de sentir loucos desejos em plena madrugada. Eu te amava um amor que não perfazia um ideal de romântico, um amor de não dar presentes a todo instante, e de não querer recebê-los. Eu te amava um amor que não era de gritar para o mundo que eu te amava. Eu te amava um amor possível, que como todo amor possível, um dia acaba.
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